sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Despair.

Apago a luz. Deito-me e tento ter uma noite descansada. Tento fechar os olhos e adormecer. Tento sonhar, mas apercebo-me que nada disso é possível. Algo na minha mente e no meu coração me deixa sobressaltada, ansiosa. Voltam as insónias. Há muito tempo que não sei o que é o sono, o que é dormir.
Levanto-me da cama. Fico sentada e torno-me num mar de lágrimas. Pergunto-me « porquê? ». Mas nunca existem respostas para as escolhas do destino. Decido que preciso do vento para me secar as lágrimas. Levanto-me e vou de encontro á sala. Á varanda ; ao ar ; ao vento. Fecho os olhos. O vento seca-me as lágrimas. É o meu calmante, o meu porto de abrigo. Olho á minha volta e é como se fosse só eu no mundo. Tudo em paz, tudo calmo. Eu, o vento e os sons. Mais nada. Desabafo comigo própria e amparo a minha própria queda. Afinal se caí, só tenho é que me levantar. Saio da varanda, vou até á cozinha, agarro na minha garrafa de água fresca e tento acalmar o corpo que treme… Não sei se de frio, se de insegurança.
Volto ao quarto. Deito-me e trespasso tudo o que sinto para o papel. Apago a luz e apenas tento adormecer.
Estas foram as minhas noites de verão.

Daniela Teixeira *

6 comentários:

  1. Como te compreendo meu amor. Está muito bonito, mas triste. Espero que essas noites já não predominem, mas sim noites de sossego e tranquilidade. (:

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  2. vejo-me imenso nas tuas palavras : $
    está lindo o texto , beijinho ( :

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  3. e pelo que vejo não sou a única a rever-me nas tuas palavras :)
    e espero que essas noites acabem. um grande beijinho.*

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  4. Mas amor, tu vais conseguir ultrapassar tudo isso.
    Oh, obrigada por tudo. És um amor (:

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