quarta-feira, 28 de abril de 2010

2 minutos.


O que tu sentes é o mesmo que eu sinto, no fundo cada um de nós está a passar pelo mesmo,embora cada um o passe á sua maneira. É querer e não puder ter.
Tentamos fingir que nada sentimos mas há coisas que não conseguímos esconder de nós próprios. Há muita coisa que gostaria de dizer, mas vou limitar-me a estar calada, a nem sequer lamentar. Prefiro ficar só, com os meus pensamentos apenas. Já basta eles para me atordoarem e para me fazerem lembrar de coisas que embora não queira esquecer, também não me quero lembrar. É complicado quando não se sabe exactamente o que se quer, quando não se sabe exactamente o que fazer perante as situações. Podia simplesmente agir sem pensar e simplesmente arriscar, mas não posso envolver mais ninguém nisto. Já basta aquilo que eu passo, não vou fazer sofrer mais ninguém. Talvez um dia esteja livre, mas por enquanto ainda estou presa a algo que corrói bem cá dentro. O meu corpo pode estar são, mas a minha mente está ferida. E hoje, aqui em contacto com o ar puro, vem memórias atormentarem-me. Não aguentei. Peguei num papel e numa caneta e tentei expressar tudo o que sinto. E quando acabo, vejo que nada do que escrevo se pode sequer comparar ao que estou a sentir neste momento. Mas ao menos fica aqui uma pitada do que me vai na cabeça.
Estes dois minutos em que estive aqui sózinha, serviram para mais uma vez pensar em tudo o que se tem andado a passar. Sinto-me á nora, sem rumo, mesmo sem saber o que fazer.
Talvez tenha mesmo sido de prepósito. Não costumo estar sózinha na escola a esta hora, e por isso talvez precisasse mesmo deste momento só para mim. Ajudou, confesso.


DanielaTeixeira

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Heartless


Gostava que fosse bem mais fácil mandar tudo cá para fora, sofrer tudo de uma vez. Mas as coisas estão dentro de mim e consomem-me de tal maneira que tenho um grande aperto no peito. Tudo mudou. Já não há nada a fazer, hoje apercebi-me que , uma vez que as coisas ainda não voltaram á normalidade, então também não é agora que vão voltar. Sei que muitas das vezes é uma questão de tempo, mas neste caso, sinto que tudo acabou. Não sei porque é que ainda me dou ao trabalho de tentar recuperar o que está perdido, deve ser por gostar imenso de ti, mas mesmo assim devia haver um limite para mim. Mas começo a achar que fazes com que eles não existam. Fazes com que eu acabe por fazer papel de estúpida no meio disto tudo. E o mais engraçado é que não tens culpa de nada.. A única culpada sou eu. Culpada por não desistir de uma amizade que já nem sequer o é. Mas vou continuar a tentar.. Não por gostar de ser estúpida e otária, mas sim porque não sou fraca ao ponto de não lutar por algo que eu posso vencer. Talvez ainda não tenha dado tudo de mim. Mas é isso que vou descobrir. Não só vou descobrir as razões que levaram ás grandes mudanças, como também vou descobrir se isto tudo valeu a pena, porque até agora acho que valeu, e sinceramente faria tudo de novo, não mudava nada. Vou com calma . Até porque as coisas á pressa nunca deram resultado, nem nunca souberam tão bem. Sei que para ti está tudo bem, nem sequer sabes o que acho, até porque nunca te disse nem faço questão de o fazer. O que escrevo é relativo e ás vezes só as pessoas que estão mesmo muito perto de mim é que o podem descobrir, por isso , não foi com a intenção que percebesses o que sinto, nem tu nem ninguém, porque isso, talvez percebas com a ajuda do teu próprio ser. Eu estou aqui como sempre estive, mantenho-me firme e disposta. Adorei os nossos momentinhos e continuo a adorar-te a ti. És uma Grande, grande pessoa, e só tenho pena de não puder descobrir tudo o que ainda resta de ti.

“.. tive de a perder para entender que o sabor das coisas recuperadas é o mel mais doce que podemos experimentar. in Zahír – Paulo Coelho

Hoje não estou nada inspirada sinceramente. Nada me sai bem. Mas pronto, foi só um desabafo.

DanielaTeixeira

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Patrícia.

Parabéns e um grande obrigado a ti, por tudo o que foste e continuas a ser . De todas as pessoas que passaram pela minha curta vida, és capaz de ser das que me acompanha há mais tempo. Sabes que não preciso de estar aqui com grandes textos, pois tudo aquilo que escrevo tu já o sabes e também só a ti interessa. Como já te disse considero que trazes em ti grande parte do meu passado, e da pessoa que fui em tempos, pois passámos juntas o tempo do conhecimento e do desconhecido, tanto de nós próprias como de tudo o que nos rodeava na altura, e é bom recordar isso tudo. Foram bons tempos. Se não fosses tu provavelmente não era o que sou hoje. Não propriamente pelo que fizeste mas sim pelo que me levaste a fazer. Levaste-me a ir atrás de ti, para um mundo totalmente diferente daquele a que estava habituada , e com essa mudança aprendi muita coisa. Posso ter presenciado coisas que sinceramente preferia não ter visto, mas se isso me ajudou a ser o que sou hoje então nesse caso ainda bem que as vi..

És uma pessoa espectacular. Ás vezes és tão doce que até dá vontade de te esborrachar, sabes que não gosto muito de lamechisses . Mas na verdade, se reparar bem, és tão selectiva no que toca a amizades, que consegues ser fria para aqueles que a ti não te dizem nada, e nesse caso sinto que temos confiança suficiente para me dares esse teu carinho e esse teu lado mais querido. És uma mão cheia de qualidades. A rapariga dos sonhos de todos os rapazes, sempre achei isso amoroso. Sabes qual foi a minha primeira impressão de ti á 5 ou 6 anos atrás, e hoje ela confirma-se. És das únicas pessoas que tenho mesmo a sensação que nunca vou perder. Talvez mesmo a única. Nunca nos chateámos, nunca houve brigas. Apenas houve um pequeno afasto, um mal entendido, mas nem isso eu consegui levar até ao fim. Achei tempo perdido, achei desnecessário estar a criar uma confusão depois de todo o esforço que fazemos para continuarmos com a relação que sempre tivemos. Mudaste é certo, mas depois de todas as mudanças que ocorreram em mim, também não posso desejar que continues a eterna Patrícia. Espero nunca perder totalmente a rapariga que eu conheci, acredita que seria uma pena, e não sou a única a achá-lo. Vou acabar, porque acho que já chega, há muito para dizer e ainda temos a vida toda. Preserva-te a ti própria, e assim preservas-me a mim também.

PS- I LOVE YOU .

DanielaTeixeira

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Mentalidade


Se ás vezes sou bruta ou se pareço um tanto insensível, foi a vida que me ensinou a ser assim. Não tenho culpa que as minhas experiências e as dos outros me tenham feito tão mal bem, de forma a que me revolte com a maior parte delas. Muitas pessoas que pela minha vida passaram, mostraram-me que não mereciam metade do que fiz por elas, e se hoje os que estão do meu lado recebem um pouco de arrogância da minha parte, é devido ás experiências do passado. E tenho pena disso, muita mesmo, porque vocês não merecem . Não merecem que descarregue em vocês toda a raiva que outréns me proporcionaram, mas não consigo mudar, é assim que sou. Fico muito agradecida por muitos gostarem de mim assim como sou, e de me aceitarem desta forma. Já conheci pessoas que me abandonaram várias vezes na mesma hora em que diziam que me adoravam. Pessoas que não dão valor aos sentimentos e que se magoam umas ás outras, simplesmente porque não sabem o valor das palavras. Por muito valor que dê á amizade, hoje aprendi a dar valor a coisas mais importantes. Sei que muitos não a têm, mas eu, graças a sabe-se lá o quê, tenho uma e é bem grande em todos os aspectos. Estou a falar de Família ! Muitos julgam que os amigos são mais importantes que ela, mas eu garanto-vos que ao longo do tempo quando começarem a perder a maioria deles por isto e por aquilo, vão perceber que existem pessoas que sempre estiveram do vosso lado e que nunca vos abandonaram, e que para além disso vos ajudaram, não em termos psicológicos, mas noutros tipos de coisas. Pequenos gestos que todos juntos fazem a sua diferença. E um dia quando estiverem no caixão, apenas alguns dos amigos que hoje tem estarão lá, porque os outros irão perdê-los pelo caminho. Mas a família.. essa estará lá toda, a despedir-se. Enfim.. Eu pelo menos penso assim, o resto não me importa, um dia talvez percebam.

É por estas e por outras que meço as palavras que digo. É por isto que sou como sou.. que tenho um feitio de porcaria, que por muito que digam mal dele (e sim, têm razão), já me ajudou em muitas circunstâncias, ajudou-me a ser séria com quem tinha que ser, e tolerante com os que também foram comigo. Reajo mal a muita coisa, mas muitas das vezes tenho razões para tal . Por isso não fiques surpreendido/a se um dia destes te falar ‘mal’. Pensa primeiro se consquistaste a minha confiança ao ponto de receberes simpatia da minha parte. Pensa que se aqueles que me amam e que estão do meu lado ainda hoje recebem um pouco de arrogância da minha parte, porque é que contigo haveria de ser diferente que se for preciso a primeira vez que falo contigo pode ser também a última ?

Acabo dizendo que não sabia sobre o que havia de escrever, e que depois de reflectir um bocado, cheguei á conclusão que devia escrever sobre muitas das bocas que oiço diáriamente.

Não é mania, não é arrogância, não é impaciência nem intolorância..

É PERSONALIDADE !

DanielaTeixeira

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tempo.


As pessoas afastam-se muitas vezes para pensar, algumas voltam e outras nunca vão voltar. É certo que te foste e não te vens, mas já estou habituada a perder tudo o que me faz falta, ou as coisas que são mais especiais para mim. Mas uma coisa te garanto, meu coração fechou a porta para muita gente, mas para ti terá sempre a porta encostada, pois sempre que quiseres entrar sabes que nem precisas de bater, basta que entres sem fazer barulho, porque o que é meu, é meu, e mais ninguém precisa de saber. Talvez um dia decidas voltar, me voltes a fazer rir e me voltes a fazer sentir bem, porque as saudades.. essas já apertam. Mas por um lado, as coisas boas nunca voltam por completo, voltam sempre ás metades. E o meu maior medo, é de não ter aproveitado o pouco que tive. Agora vivo o arrependimento de não ter preservado o que um dia me foi dado. Agora o tempo é o meu salvador, e sei que ele me vai ajudar. Não a esquecer, mas sim a ultrapassar a falta que me fazes .

DanielaTeixeira

sábado, 3 de abril de 2010

Lembranças..



É difícil descrever a paz de espírito que senti neste lugar. É bom saber que em Portugal ainda existem riquezas naturais como o Gerês. Um sítio calmo, tranquilizante e embora seja escusado dizer, lindo. A semana que aqui passei fez-me sentir de uma forma que já não sentia há muito tempo, e embora tenha chegado a um ponto em que me apeteceu voltar para Lisboa, eu sei que de outra forma gostaria que aqueles momentos simplesmente nunca acabassem, e gostaria que de uma maneira ou de outra pudesse ficar ali para sempre, pelos menos, junto ás lembranças que tenho desse tempo. Agora restam as recordações, e acreditem que tenho muitas e boas. Uma das melhores semanas que tive até hoje. Aconselho a toda a gente .

Uma pequena amostra. Fotos tiradas por mim :)
DanielaTeixeira

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Outros tempos ..


(...) Antes as coisas eram muito mais fáceis, era querer para ter. Hoje ainda é assim, mas não com a mesma facilidade. Antes nem era preciso querer, bastava que alguém quisesse por mim, e assim passava a querer também. Antes conheci lugares maravilhosos, que nunca tinha visto, e hoje a única coisa que me lembro desses sítios, são as paisagens, as pessoas. . Acho que se hoje fizesse essas mesmas viagens descubriria muito mais do que isso, descubriria-me a mim própria. Quando me foi dada a oportunidade, desperdicei-a. Mas é o que acabo sempre mas sempre por fazer. Desperdiçar. Talvez um dia aprenda a agarrar as coisas e nunca mais as largar, nem que seja na minha cabeça, no meu coração. Neste momento precisava imenso de uma dessas viagens, precisava de um pouco do pôr-do-sol que acabei por ver mas não aproveitei, e precisava da sensação de liberdade que há muito não sinto. Lembro-me de sentir uma grande emoção dentro de mim, uma ansiedade enorme de tudo o que ainda me faltava descobrir e conhecer, e hoje parece que é mais dificil ter essa sensação . Como eu gostava de ainda sentir isso, sentir que ainda tenho algo que me faça ficar fora de mim. Mas já não há nada que me faça sentir assim, só precisava de uma viagem. E mais tarde ou mais cedo eu vou acabar por fazê-la, porque sem dúvida de que preciso dela , para tudo aquilo que eu sou. Enquanto não a faço, fico por aqui a divagar o que posso ou não ser, sem nunca ter certezas do que sou, mas com a maior das certezas do que quero fazer.

DanielaTeixeira