quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Desafio - Liebster Award


Desafio - Liebster Award


Através do blog problema de expressão.

Regras:

- Lista com 11 factos sobre nós;
- Responder às 11 perguntas que nos atribuiram;
- Nomear 11 bloggers com 200 ou menos seguidores, colocar o link do blog deles neste post e avisá-los sobre a nomeação;


11 coisas sobre mim:

1. Detesto ser interrompida quando estou a falar.

2. Adoro beijar os olhos das pessoas.

3. Gosto de meter o despertador para as 4h da manhã mesmo sabendo que só tenho de acordar ás 7h10.

4. Odeio estar a passar na rua e um/uma desconhecida me tocar, ainda que seja sem querer.

5. Quando vou ao supermercado escolho sempre as embalagens que estão em melhor estado.

6. Se ao deitar a minha acção não for a mesma de todos os dias, não consigo adormecer.

7. Detesto fruta madura.

8. Adoro lua cheia.

9. Amo, venero, sinto, idolatro música.

10. Detesto ir à praia e sentir o sal nas mãos quando estou seca na toalha.

11. Detesto que me toquem quando estou a comer.
As 11 perguntas da Patrícia:

1. Qual o teu maior medo? 
Tirando o medo que tenho de mim própria, da minha metamorfose, dos meus gritos mudos, diria que tenho medo de locais com grandes quantidades de pessoas. Para além de entrar em pânico, já tive duas experiências muito desagradáveis.

2. Qual a música que melhor te define?
Sou um indivíduo autenticamente melómano. Esta minha paixão louca e doentia pela música, não me permite ter «a música que melhor me defina». E como elas estão constantemente a entrar e a permanecer na minha vida, é impossível seleccioná-las a todas.

3. Se fosses um animal, qual serias? Porquê?
Um Panda, uma tartaruga, ou uma girafa. Não tenho nenhuma justificação para isto. Simplesmente são três animais com características completamente diferentes, mas que adoro.

4. Se fosses uma cor, qual serias? Porquê?
O preto ou o branco. Mais uma vez, não tenho uma razão. São as minhas cores preferidas e são completamente opostas, até mesmo na simbologia das cores.

5. Quais são os teus principais planos para a vida?
Como ser em constante mudança, também os meus planos se vão alterando. À medida que o tempo passa, vou definindo os meus objectivos pessoais. Como tudo na vida é muito incerto, gosto de levar as coisas com tranquilidade e sem pensar muito no dia de amanhã. No entanto, não sou desleixada. Sou determinada e sei o que quero. Apenas não gosto de pressionar-me a mim própria. Por enquanto, gostava de entrar na faculdade.

6. O que é que sempre quiseste fazer mas nunca experimentaste?
Tocar piano. Como é preciso uma infinidade de coisas e capacidades que não tenho, fico-me pela paixão, deixando de lado a experiência.

7. Se pudesses voltar atrás no tempo, mudarias alguma coisa?
Não. Se assim foi, assim teve de ser. Com muita pena minha. Mas se não temos a capacidade de voltar atrás no tempo, talvez seja melhor não pensarmos no que teria acontecido se tivéssemos feito as coisas de outra maneira.

8. O que gostarias de mudar no mundo?
Muito sinceramente? Mudava quase tudo. Há muita coisa a não fazer sentido.

9. Qual é o teu local favorito?
Não tenho nenhum lugar específico. Geralmente, crio uma empatia muito forte com certos lugares. São sensações que não consigo explicar.

10. Qual a característica que melhor te define?
Talvez a minha determinação, não sei.

11. Há alguma coisa que gostarias de dizer e não consegues? Se sim, o quê e a quem?
Sim. Muitas e a várias pessoas. E se não consigo, lógico que não é aqui que as vou dizer.

Não vou enunciar nomes de blogs, quem quiser que o faça por livre e espontânea vontade :) 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Selo#1 - Campanha de Incentivo à Leitura


Nunca liguei muito a isto dos selos e sinceramente nunca me tinham dado nenhum. Mas tendo em conta que a Maria mo ofereceu, jamais poderia recusar. Apesar da minha visualização tardia acerca do teu comentário, não poderia ficar indiferente a um tema que ainda para mais é tão importante nos dias de hoje.

As Regras são:
1 - Indicar 10 Blogs para receberem o Selo (é proibido apenas deixar para quem quiser pegar sem indicar 10 blogs)
2 - Avisar os Blogs Escolhidos.
3 - Colocar a Imagem no Blog para apoiar a Campanha.
4 - Responder à pergunta: Qual Livro Indicaria Para alguém Começar a Ler?

Portanto, os blogs por mim escolhidos são:
4 -Dane-P
7 - My Secret
8 - 1684

Não é fácil indicar um livro para se começar a ler, ainda para mais quando se tem a opinião que eu tenho acerca disso. Penso que não exista o livro certo para se começar a ler. Uns são-nos recomendados por pessoas próximas e outras aparecem simplesmente na nossa vida. Como o meu gosto pela Literatura surgiu de um modo estranho, não sou a pessoa mais indicada para sugerir livros de iniciação à leitura. Como não quero fugir de todo à pergunta, vou sugerir um livro muito bom e ainda para mais de um escritor nosso. Aconselho As Três Vidas, de João Tordo. É um autor com uma escrita simples e muito interessante. Não há como não ficar agarrada aos seus livros, sobretudo a este que mencionei. Para quem gosta de mistério, de reflexões interiores, e para quem não é pudico, é uma excelente escolha. É de salientar que esta obra recebeu o prémio José Saramago em 2009.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón; O Décimo Terceiro Conto de Diane Setterfield;


Mais um livro que está a lutar pelo lugar do pódio no meu coração. A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón, veio a revelar-se uma obra fantástica. Daquelas previsíveis e ao mesmo tempo completamente imprevisíveis, que nos fazem oscilar entre a surpresa e o óbvio. Dei por mim a reparar que o impacto do livro não foi imediato. Após me deitar na cama, já de madrugada, surpreendi-me com lágrimas a escorrerem-me pela face. Apercebi-me da quantidade de coisas que, ao estarem escritas neste livro, conseguiam cruzar-se com alguns acontecimentos da minha vida. O morrer e o renascer tão próximos, e tão reflexos do meu eu. Como diria uma das personagens deste livro: «A arte de ler está a morrer muito lentamente. É um ritual íntimo. Um livro é um espelho e só podemos encontrar nele o que já temos dentro. Ao ler, aplicamos a mente e a alma e estes são bens cada dia mais escassos». Começo a aperceber-me que não existem livros predilectos. Que não existe o melhor de todos. Quando a certa altura nos damos conta que o livro é o nosso reflexo no espelho, esse livro já se apoderou da nossa alma. E apodera-se mesmo. Atingi uma fase em que tenho muitas preferências, e muitos livros predilectos. Pois todos os que se apoderaram da minha alma, lutam pelo lugar no pódio. Uns mais intensos que outros, mas ainda assim lutam. Mas não conseguem, porque sem darem conta já todos pertencem ao meu coração. O livro que li antes d’A Sombra do Vento, foi também uma autêntica surpresa. Encontrava-me a vaguear por uma livraria quando o livro se cruzou comigo. Após este encontro inesperado, não tive outro remédio senão trazê-lo comigo. E ainda bem que o fiz. O Décimo Terceiro Conto, de Diane Setterfield revelou-se um autêntico mistério que tocou igualmente o meu coração.

Daniela Teixeira

a sombra do ventodecimo-terceiro-conto-web









«Numa ocasião ouvi um cliente habitual comentar na livraria do meu pai que poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho até ao seu coração. Aquelas primeiras imagens, o eco dessas palavras que julgamos ter deixado para trás, acompanham-nos toda a vida e esculpem um palácio na nossa memória ao qual, mais tarde ou mais cedo – não importa quantos livros leiamos, quantos mundos descubramos, tudo quanto aprendamos ou esqueçamos-, vamos regressar. »
A Sombra do Vento

quarta-feira, 1 de agosto de 2012



Como é que o medo se pôde apoderar de mim? De tal maneira que deixei de lado o que sempre mais gostei de fazer.. Talvez porque o que mais gostava de fazer me levava à minha maior tentação. A quem eu sabia que não conseguia resistir. Talvez por isso fui deixando de lado aquilo que eu mais gostava. Alimentando-me assim, de coisas que achava que podiam ser substituíveis. Resultaram a curto prazo. Mas o desejo e a vontade voltam sempre. E por vezes, com mais força ainda do que da última vez. Mas a nossa vontade de resistir também se vai fortalecendo e ser capaz de dizer Não. E não é que mesmo sem querer, consigo fugir ao tema que quero abordar? É inevitável. Uma coisa puxa a outra. Uma coisa condiciona a outra. Foi sempre assim comigo. Daí este meu medo de começar. E foi por isso que tive de me afastar daquilo que eu mais gostava de fazer. Porque me tornei monótona, secante, sem graça. E eu sou mulher o suficiente para ser capaz de admitir isso. E como mulher, tenho os meus sentimentos a mil. Que me levam sempre ao mesmo destino. Destino esse que devia ter deixado de existir no mapa da minha vida. Mas agora que penso… Talvez nunca deixe de existir. Talvez vá estar sempre ali, até que eu aprenda a resisti-lo de vez, de modo a não permitir que sentimento algum me leve lá. Ter força necessária para fazer o que mais gosto e ser capaz de resistir á minha tentação (coisa que, por exemplo, não estou a ser capaz de fazer agora). Talvez porque após tanta conquista, tenha perdido um pouco de força. E é assim… Só talvez. Mas as duvidas sempre condicionaram a escrita. Ou não?


Daniela Teixeira

domingo, 8 de julho de 2012

VFX


Todos nós sabemos onde nos sentimos bem, onde nos sentimos em casa. Foi precisamente o que aconteceu. Mas eu não me senti em casa, senti que regressei a casa. Explorei de novo todos os cantos com uma nostalgia enorme. Nostalgia essa por saber que outrora já teria percorrido todas as pedras daquela calçada. Sim, a minha casa tem uma calçada. Tem touros. Tem paixão. Tem tradição. Tem uma pitada de medo misturada com ansiedade. Tem sardinhas, pão e muito vinho. E tem música. Deusa essa que passou e arrasou alguns corações. Inclusive o meu. O meu coração pertencerá sempre a muitos lugares. Mas pertencerá sempre mais a uns do que a outros. Regressei a casa e tornei-me inquilina por uma noite. Vi o teu sorriso que julguei ter ficado perdido numa noite de verão longínqua. Recuperei-o e substitui-o na minha memória. Um sorriso com paixão, com amor. Estranho não foi só voltar a casa, foi voltar a casas que percorremos todos juntos e que se perderam por aí. Por essa cidade rústica que tanto me aquece, tanto me aconchega o lado esquerdo do peito.
Daniela Teixeira

segunda-feira, 2 de julho de 2012

2.07.2012


Não sei exactamente como etiquetar o que vou começar para aqui a escrever mas certamente que não será uma treta. Talvez tenha um quê disso, mas não o será por completo. Hoje vou deixar de lado a minha faceta de pessoa educada e madura de lado e vou substituir, doa a quem doer, o meu modo de escrever pelo meu modo de falar. Só para para fazer entender a certas pessoas que quem toma as decisões na minha vida sou eu e mais ninguém. Se não são os meus pais que me condenam por aquilo que eu decido ou não fazer na minha vida, também não serão vocês certamente que terão de fazê-lo. Ainda que um  deles tenha o quarto ano e outro o nono, e que não percebam propriamente como funciona o ensino regular e os cursos profissionais (embora saibam que aquele que escolhi não tem exactamente a melhor das saídas), nunca me colocaram entraves. O sonho do meu pai era ver-me como engenheira. Mas esse é o sonho do meu pai. Ou seja, o meu pesadelo. O sonho da minha mãe era ver-me ligada à medicina, como quase todas as mães e os pais desejam. Mas isso, é apenas o sonho da minha mãe. Tenho a plena consciência de que terá alguma saída. Embora também ache que hoje em dia não haja nada que tenha saída. De qualquer modo, nada disto me atormenta. Prefiro acabar a minha vida atrás de um balcão mas sabendo que lutei sempre pelos meus sonhos, do que ter de chegar ao pé de alguém e dizer que o sujeito A tem uma cirrose biliar; que sujeito B tem cancro da mama e pouco tempo de vida; ter de suportar o cheiro a éter durante horas. Esse não é o meu mundo. Eu não nasci para isso. Sempre soube disso. Fico grata por todas essas pessoas existirem. Respeito imenso esse mundo e quem tem estômago para ele. Eu simplesmente não tenho. Não me identifico em nada com esse mundo. Gostava que as pessoas tivessem a mente mais aberta, e alargassem melhor os horizontes. Esta ideia estúpida de quem não segue Ciências está a fugir a matemática é a ideia mais estapafúrdia de todo o sempre. Sim, há muitos alunos que o fazem, sem dúvida. Mas isso são pessoas sem rumo, sem objectivos. Eu  não segui Ciências. Segui Humanidades porque esse é o meu mundo. Porque eu preciso de estar em constante contacto com o Mundo, com as Pessoas, com a Literatura, com a Música, com a Escrita, com toda a Arte. E quando o fiz, podem ter a certeza de que entrei no meu mundo. E neste mundo eu posso simplesmente ser o que eu bem entender. Posso até mesmo ser a médica que dedica a vida aos seus utentes e que tem de suportar o cheiro a éter para o resto da vida. Posso ser a engenheira que nunca fui. E quem não entende isto, tem sérios problemas. Quando decidi o que queria seguir fui alvo de críticas e sei que nada disso mudará. Será sempre assim. Porque as pessoas simplesmente não entendem. Nunca vão entender. Eu e os que partilham esta frustração comigo, seremos sempre aos olhos dos outros, as pessoas que mergulharam neste mundo porque não tinham outra hipótese. Mas não. Nós somos quem mergulhou neste mundo por paixão ao que fazemos e ao que nos rodeia. E nenhum de nós se arrepende disso. A paixão pode até não me levar aonde gostaria de chegar, pode até nem ser o que gostaria que fosse, mas pelo menos dá-me o que mais nada me pode dar. Sou quem quero, quando e onde quiser porque este mundo permite isso e muito mais. Na minha óptica as pessoas nascem destinadas para alguma coisa. Umas nascem com o dom do artesanato, com o dom da música… Outros nascem para dedicar as suas vidas a outras pessoas tal como os bombeiros e os médicos. Outros para a organização de eventos e para a pediatria. E certamente que todos eles terão as características indicadas para o fazer. Porque nasceram exactamente para isso. Assim como um tatuador geralmente é possuidor de uma capacidade incrédula de desenhar. Assim como um estilista tem uma capacidade incrível de desenhar roupas e depois simplesmente dar-lhes vida. Tudo isto é respeitável. Não podemos nascer todos para o mesmo. Em parte é isto que as pessoas têm de compreender. Todos nós sabemos as razões que a determinado momento nos levam a fazer ou a ser isto ou aquilo. Só nós sabemos as circunstâncias em que nos encontramos para tomarmos certo tipo de atitudes. Cada pessoa é um ser único. Livre de ser o que quiser e de se moldar de acordo com tudo o que o rodeia. Já alguém se perguntou porque é que os góticos se vestem todos de preto? Provavelmente não. Eu gosto, mas simplesmente não me identifico. Logo, não sou gótica mas também não critico quem o seja. Porque acredito que existem razões para a determinado momento uma pessoa se vestir dessa mesma maneira. Eu não tenho absolutamente estilo nenhum. Tanto abro o armário e retiro uma roupa ao acaso, como decido cuidadosamente o que vou vestir. Tanto me apetece ir a uma loja das mais comerciais que existe e vestir o mesmo que toda a gente está a vestir no momento, como me apetece vestir algo mais vintage e dirigir-me a uma loja em segunda mão. Com certeza que irei comprar aquilo com que me identifico. Querem condenar-me por isso? Acredito que haja imensa gente com vontade de o fazer. Acontece que eu não consigo estar muito tempo rodeada desse tipo de pessoas. Também não tenho estômago para isso. Gosto que as pessoas me aceitem do modo que sou. Sou muito eu em tudo o que faço. Tudo o que visto, digo, escrevo, compro,  penso, e tenho, revela um pouco de mim. Há que perceber que muitas pessoas são assim. Isso é bom! Estarmos rodeados das coisas com as quais no identificamos. No entanto, também é importante alargar os horizontes e aceitar também aquilo e aqueles com os quais não nos identificamos tanto. Desde que as pessoas se respeitem e consigam frequentar o mesmo espaço apesar de todas as divergências.
Todas as pessoas têm também a sua forma de amar. Uns não amam, gostam apenas. Esses provavelmente não entenderão o porquê de pessoas como eu ( e não só), vivermos ligadas à mesma pessoa há anos. Mas não têm que entender. Têm apenas de aceitar. Porque nunca irão conseguir compreender. Até mesmo vivendo ou tendo vivido uma situação idêntica, é impossível compreender. Cada caso é um caso, cada qual com as suas razões e em certas e determinadas circunstâncias. Ninguém poderá entender o que nos leva a permanecer num sítio quando já o deveríamos ter abandonado. E se nem nós próprios o entendemos, então muito menos os outros poderão entender.
E como já falei de mais, façam-me o favor de serem felizes. E deixem-me sê-lo também, com tudo aquilo que eu preciso para sê-lo.  Ainda que não o entendam, ainda que não concordem.
Daniela  Teixeira

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Untitled.



O tempo desgasta-nos de tal modo que a certa altura, apenas nos mantemos de pé. Sem sabermos sequer o que nos mantém de pé. Sem saber o que resta, o que ficou (se é que ficou). Deparei-me com os meus sonhos desfeitos, confesso. Confesso que me mantive calada. Apenas eu e só eu. Ao longo da vida vamos construindo sonhos, ainda que em cima de nada. Apenas na nossa inesgotável imaginação. É estranho o caminho que ela nos leva a percorrer. Ergue-nos e leva-nos tão alto para que de repente a realidade se coloque no espelho em frente a nós e nos revele o impossível. Revela-nos que existe uma linha que separa o que queremos do que um dia teremos. Eu deparei-me durante muito tempo com esta linha. Uma linha tão mas tão grossa… uma linha semelhante a uma faca que me cortou a raiz. Cortou-me os sonhos. Levou-mos. Aprendi que por vezes não resta absolutamente nada de nada. Sempre acreditei que havia um modo das coisas que amamos sobreviverem eternamente na nossa vida. E de facto há. Porque mesmo sem querermos permanecem como uma tatuagem. Permanecem no nosso dia-a-dia. E sublinho, estão presentes todos os dias. Mas já não estão connosco fisicamente. E dói. Porque a saudade mata. E eu tenho saudades. Tenho muitas saudades. Mas ainda me encontro aqui. Viva. E fico feliz por continuar viva após a batalha diária que enfrento. Tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida há alguns tempos. E hoje percebo que não havia outro modo. Desliguei. Desliguei por completo. Não podia ser de outra maneira. Continuo a perguntar-me, dia após dia, se é isto que realmente quero. E respondo a mim própria de que é apenas isto que eu preciso. Sim. Hoje eu consigo fazer a verdadeira distinção. A verdadeira distinção entre o que eu quero e o que eu preciso. Todas as pessoas têm um caminho a percorrer. Eu quero continuar o meu. Estive parada durante demasiado tempo. Não posso dizer que encerrei um capítulo na minha vida, porque sinceramente nem eu própria acredito nisso. Julgo não estar ainda preparada para esse passo. Mas sinto que pelo menos consegui desligar. E sem querer ser dramática, eu volto a afirmar que os meus sonhos morreram. Aqui.







«O mais importante é libertar-me dos fantasmas, pois acarreto as sombras de todas as coisas a que não tive coragem para colocar um fim.»


Daniela Teixeira

Ao som de To Build A Home - Cinematic Orchestra; e Streets Of Philadelphia - Bruce Springsteen

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Tu

Tu,


Talvez lamentes. Talvez lamentes as horas a fio que desperdiçámos com meros desencontros. Ou, quem sabe, os desejasses mais do que ninguém. Talvez preferisses afastar-te, quebrando o contacto e tentando – em vão – anular os próprios sentidos. A verdade é que o vento continua a soprar, o mar continua suando a melodia através do barulho das ondas. As árvores continuam a dançar mesmo quando passas. As nuvens continuam a dar as mãos como se uma aliança inquebrável as unisse. O asfalto permanece quente independentemente da intensidade do sol, e as luzes da cidade que outrora se encontravam apagadas, hoje iluminam a minha alma. Sim, eu finalmente entendi. Entendi que existe mais para além de ti. Entendi que existem as coisas simples da vida. Os pequenos prazeres. Aprendi que existo, que sinto (falta), que quero, que necessito e acima de tudo, que posso. Apenas não posso tudo o quero! E eu quero-te e não posso. Ou pelo menos não devo! Aprendi a desfrutar das linhas sem sentido que vêm nos livros. Aprendi as notas de todas as canções que em tempos partilhámos. E hoje, vivo delas. Sinto-as como se se tratassem do teu corpo a tentar encontrar o meu num fim de tarde, e as árvores, o vento, as nuvens e o mar, fizessem parte do cenário que em tempos pintámos. Julguei que irias ocupar o teu lugar. Julguei que o frio que permanece em meu redor, pudesse um dia voltar a ser substituído pelo calor do teu corpo. Mas os julgamentos não bastam. Os julgamentos não concretizam os meus desejos porque não passam disso mesmo. Desejos que não podem ser saciados. E caio em mim e entendo que não me pertences. Entendo que o que em tempos fomos, não voltaremos a ser. Agora desejo somente os pequenos prazeres da vida… a brisa que vem do mar, os raios de sol que me queimam a pele, e a luminosidade que me encandeia. Vou escrever um livro e dedicar-te um capítulo, dizendo-te que foi o mais importante da minha vida.



Daniela Teixeira
14/02/12



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Mudei-me!

Hoje voltei para avisar que me mudei, que criei outro blog... Ou melhor, não me mudei por completo porque continuarei a publicar aqui tudo o que escrevo. Simplesmente, criei um espaço onde posso publicar um pouco de tudo sem que tenha de me dedicar exclusivamente à escrita. Sim, a escrita é um bem essencial na minha vida, é um facto. Mas também é um facto que a música é o meu suporte, que a fotografia me deslumbra, que o Rap me mostra a realidade do mundo, que existem talentos escondidos por todo o lado, que se descobrem em muitos dos covers que encontro no Youtube. Se o poderia fazer aqui? Claro que podia. Mas é bom mudar, conhecer outras caras, outros espaços, designs diferentes, etc. Sei que no espaço que criei poderei partilhar tudo o que faz parte do meu dia-a-dia, através de tudo o que já referi anteriormente, desde a música á fotografia, ao rap e também à escrita, obviamente. Por isso, aqui fica http://daniellateixeira.wordpress.com .
Quem quiser dar uma vista de olhos é bem-vindo. Basta carregar no título 'Mudei-me!' deste mesmo post.
Obrigado e beijinhos*
Daniela Teixeira